Gestão da inovação: o que é e qual a importância?

Ilustração de uma gestão da inovação

Todo programa de inovação, independentemente da forma que for implementado, precisa ser monitorado e acompanhado em tempo real, para assegurar que os resultados sejam atingidos. Nesse cenário, prezar pela gestão da inovação, é um passo indispensável.

 

Aquelas que iniciam essa jornada compreendem que existem diversos caminhos e estratégias a serem adotadas para alavancar a marca em seu segmento. A própria ISO de inovação, inclusive, defende que uma ideia inovadora pode surgir de diversos lugares e, inclusive, ser testada de diversas formas.

 

Mas, nenhum desses processos atingirá as expectativas, sem que os responsáveis por essa missão invistam na gestão da inovação, como forma de acompanhar de perto tudo que for colocado em prática e, se necessário, ajustar os pontos precisos, evitando investimentos de tempo e recursos que não gerem valor ao negócio.

 

Na prática, é ela quem irá dar a base precisa para o desenvolvimento das ideias sugeridas, filtrando-as através de um funil de inovação, selecionando quais serão implementadas, e verificando se estão se desenrolando eficientemente.

 

Por se relacionar com todas as áreas corporativas, o sucesso da gestão da inovação vai muito além do que incorporar recursos tecnológicos. Ela precisa ser muito bem conduzida, de forma que contribua para uma tomada de decisões mais estratégica em prol do crescimento competitivo da marca.

 

Para as empresas que ainda não incorporaram essa estratégia ou que enfrentam dúvidas sobre este tema, neste texto explicaremos tudo o que você precisa saber sobre a gestão da inovação, assim como trazer dicas de como torná-la realidade no seu negócio.

 

Confira os tópicos que serão abordados:

 

 

Boa leitura.

 

O que é gestão da inovação?

A gestão da inovação é o processo de gerenciamento das ideias inovadoras dentro de uma empresa, desde sua origem (ideação) até o momento em que for colocada em prática e testada.

 

É com essa estrutura sistêmica que se dá o programa de inovação, materializando as ideias de forma que gerem valor ao negócio. Com isso, todas as sugestões podem ser melhor organizadas, alavancando a inovação na empresa e seu nome no mercado.

 

Para que obtenha este êxito, a gestão da inovação precisa passar por algumas etapas bem definidas, assim como ser inserida em um ambiente fomentado por uma cultura de inovação em todos os departamentos e equipes.

 

Por mais que este conceito seja relativamente novo no mercado, suas práticas são vistas e adotadas há bastante tempo.

 

Em um artigo publicado por Gary Hamel na Harvard Business Review, é descrito que a gestão da inovação vem revolucionando as empresas nos últimos 100 anos, demandando delas um trabalho sistemático e árduo para reinventar seus processos de negócios em prol da maior velocidade e eficiência.

 

Quais os benefícios da gestão da inovação nas empresas?

Alguns dos maiores benefícios que serão sentidos pelas empresas que contarem com uma gestão da inovação incluem seu maior poder competitivo no mercado, aumento de sua produtividade, assim como impacto direto na atração e retenção de talentos qualificados.

 

Entenda a fundo cada um deles:

 

Vantagem competitiva

O próprio ato de inovar significa adotar estratégias disruptivas frente a seus concorrentes, o que beneficia não apenas em questões financeiras, como também em um maior poder competitivo em seu segmento de atuação.

 

Quando este processo conta com a gestão da inovação em seu desenrolar, essa vantagem será potencializada, dotando o negócio de inteligência ao tomar suas decisões e indo além do que apenas seguir tendências de mercado.

 

Afinal, muito mais do que trazer dados em tempo real de tudo que for implementado, ela também trará insights de oportunidades a serem desbravadas, conforme os resultados que forem sendo obtidos ao longo do processo.

 

Aumento da produtividade com a gestão da inovação

Muitos gestores que se inserem nessa jornada desejam obter uma maior produtividade e lucratividade em seus processos, principalmente com a inserção de ferramentas e tecnologias que automatizem tarefas e reduzam as chances de erros.

 

Em meio a tamanhos recursos disponíveis, a gestão de inovação permitirá que a empresa tenha mais segurança ao escolher qual deles adotar internamente, optando por aquele que consiga viabilizar essa otimização e permitir, assim, que os esforços dos times sejam direcionados a atividades mais importantes para o crescimento do negócio.

 

Muitos erros provenientes de trabalhos manuais ou da falta de controle das operações poderão ser mitigados, evitando burocracias, retrabalhos e, consequentemente, aumentando a qualidade do que será ofertado ao consumidor final, que tenderá a se fidelizar à sua marca e recomendá-la para outras pessoas.

 

Todos esses fatores, juntos, irão elevar a produtividade do empreendimento.

 

Maior atração e retenção de profissionais

Empresas que se preocupam, verdadeiramente, em iniciar essa jornada e prezar por sua qualidade através da gestão da inovação, melhoram sua imagem em seu segmento, aos clientes e, ainda, frente aos profissionais.

 

Essa reputação, que também dependerá da cultura de inovação disseminada internamente, é um enorme atrativo para contratação de cada vez mais talentos, que venham a somar nessa missão e tragam consigo mais ideias promissoras a serem colocadas em prática.

 

Ter essa missão evidenciada através da gestão da inovação e fornecer aos times um plano de carreira adequado com esse mindset, certamente contribuirá muito para que o negócio venha a prosperar cada vez mais em sua área de atuação.

 

Tipos de inovação

Existem diversos tipos de inovação que as empresas podem seguir e se basearem em suas estratégias. Cada qual apresenta características bem distintas, que precisam ser muito bem avaliadas ao escolher qual faz mais sentido conforme suas necessidades.

 

Por isso, confira os principais modelos do mercado, como funcionam, e de que forma se relacionam com a gestão da inovação.

 

Inovação disruptiva e radical

As inovações disruptiva e radical costumam ser muito confundidas, mas apresentam diferenças bem marcantes quanto ao propósito de cada uma.

 

Enquanto o objetivo da primeira é transformar ou substituir um produto ou serviço ofertado pela empresa, por uma solução mais inovadora, a segunda é mais direcionada para o desenvolvimento de produtos ou serviços que não existiam na empresa, além de explorar novos mercados através de uma abordagem mais drástica e intensa.

 

Na prática, isso faz com que a inovação disruptiva não demande investimento em algo completamente novo, mas que precise ter uma percepção nítida de melhora na qualidade pelos clientes da empresa.

 

Afinal, a ideia é que a nova solução adotada seja mais eficiente, acessível e simples do que a anterior, com alta capacidade de torná-la obsoleta com o tempo.

 

Enquanto isso, na inovação radical, costuma-se ser necessário um maior investimento para que seja colocada em prática, com um tempo de implementação mais extenso e geração de um forte impacto no mercado.

 

Em ambas, é apenas com a gestão da inovação que será possível verificar se essas transformações estão surtindo as metas desejadas, ou se será necessário replanejar a estratégia a ser adotada.

 

Inovação incremental

Também usualmente confundida com a inovação disruptiva, a inovação incremental é investida pelas empresas que buscam aprimorar seus produtos ou serviços ofertados, com a meta de aperfeiçoá-los constantemente para uma maior qualidade ao consumidor final.

 

Apesar de, normalmente, essas melhorias serem feitas em pequenos ajustes, podem também serem vistas em mudanças mais intensas, conforme as necessidades identificadas em cada negócio através dos feedbacks de seus clientes.

 

Por isso, é extremamente importante que elas sejam acompanhadas com uma gestão da inovação, para que cada ajuste seja acompanhado em tempo real e analisado se está gerando valor ao negócio.

 

Inovação aberta

Atualmente, muitos defendem que contar com o apoio de parceiros é extremamente benéfico ao instaurar um programa de inovação internamente. E, aquelas que concordam com essa teoria, costumam investir na inovação aberta para a conquista destas vantagens.

 

Nela, há um forte estímulo a essa colaboração com terceiros, sejam eles empresas do mesmo segmento, universidades, fornecedores, startups, ou outro empreendimento que esteja alinhado à cultura organizacional e aos objetivos desejados.

 

Quando essa disrupção e descentralização são alinhadas com a gestão da inovação, as chances de obterem uma forte revolução de suas atividades são potencializadas, o que irá aumentar a eficiência de seus processos e desencadear muitas outras vantagens para seu crescimento e destaque no mercado.

 

Inovação fechada

Já a inovação fechada, por sua vez, tem uma proposta completamente oposta à aberta, defendendo que o processo e gestão da inovação se concentrem internamente na própria empresa, ao invés de buscar por parceiros que colaborem nessa jornada.

 

Normalmente, esse tipo de inovação é adotado por negócios mais tradicionais, que desejam resguardar sua propriedade intelectual do que compartilhá-la com terceiros. Assim, mantém todas as suas informações internamente, sem que nenhum parceiro tenha acesso a elas.

 

Na prática, a implementação da inovação fechada pode levar um tempo maior do que ocorreria na aberta ou em outro modelo, mas também é uma opção a ser considerada por aquelas que se identificam com esse propósito.

 

Em quais áreas é possível implementar a gestão da inovação?

A gestão da inovação não se limita a alguma área específica da empresa, muito pelo contrário. Ao implementá-la, é extremamente importante que seja adotada em departamentos diversos, de forma que nenhum deles fique de fora dos esforços inovadores.

 

Confira as áreas principais que, definitivamente, não podem ficar de fora dessa lista, e que serão essenciais para dar base e alavancar o processo na sua empresa:

 

Cultura organizacional

Ter uma cultura de inovação é um dos primeiros pontos a ser investido naquelas que iniciam essa jornada, uma vez que sem ela, dificilmente qualquer estratégia de inovação dará certo. Até mesmo, com a gestão da inovação.

 

Este precisa ter um tema maduro o suficiente para que o programa seja instaurado, e consiga ser monitorado a fim de assegurar a conquista dos resultados estipulados.

 

E, para isso, algumas características precisam ser permeadas e difundidas nas rotinas dos times, tais como a manutenção de uma comunicação clara e objetiva com todos, presença de uma liderança inovadora, e um espaço propício de estímulo à troca e sugestão de ideias a serem testadas no negócio.

 

Organograma empresarial

Por mais que muitas empresas optem por direcionar seu RH para comandar a gestão da inovação, o ideal é que ela seja gerenciada por um time diverso de profissionais de diferentes áreas e visões, que somem suas experiências e ideias em prol desta causa.

 

Mais conhecido como comitê de inovação, ele também é frequentemente visto nas empresas que implementam este programa, o qual irá se dedicar não apenas a gerenciar o projeto, mas também em colocar em prática esse mindset de inovação no dia a dia do negócio.

 

Mas, ao criar essa equipe, é extremamente importante que a empresa monte seu organograma e analise questões como a estrutura atual de seus times, quais soft skills e hard skills esses colaboradores devem possuir, e determinar suas responsabilidades.

 

Essas características farão toda a diferença para que o projeto seja assertivo e conquiste os objetivos desejados. Algo que dependerá, fortemente, de uma gestão da inovação também monitorada por esses profissionais.

 

Relacionamento externo

Mesmo em empresas que não sigam os propósitos da inovação aberta, essa colaboração com terceiros é um ponto extremamente positivo para que a gestão da inovação seja assertiva e atinja seu propósito.

 

Afinal, assim como defende a ISO de inovação, obter diferentes pontos de vista sobre um mesmo tema, seja dos profissionais da empresa ou de fontes provenientes desse relacionamento externo, tenderá a elevar as chances de implementarem ideias que, de fato, gerem valor ao negócio.

 

Uma ótima forma de estimular essa missão é através de treinamentos, cursos, e atividades complementares voltadas à inovação, que fomentem sua importância e benefícios para todos e, assim, os engajem em prol desta mesma causa.

 

Financeiro

Por mais que o intuito da inovação seja reduzir, ao máximo, muitas burocracias envolvidas em certas atividades, não há como deixar a área financeira fora da gestão da inovação.

 

Afinal, é este setor que será o responsável por determinar o orçamento disponível para a implementação do projeto em questão, para que não haja nenhuma surpresa econômica que gere prejuízos ao negócio.

 

É importante ter em mente que a inovação é um investimento a ser feito pela empresa e, dessa forma, traz consigo uma quantia a ser direcionada. Por isso que é tão importante ter um planejamento devido sobre este tema, para que as ações instauradas estejam dentro da realidade do empreendimento.

 

Marketing

Considerando seu papel extremamente importante para alavancar a imagem da marca em seu segmento, o marketing é também uma área que, com certeza, deve estar presente na gestão da inovação.

 

Esses profissionais têm muito a contribuir com essa jornada, especialmente na divulgação das novidades referentes aos produtos ou serviços lançados, assim como consolidá-los no mercado em prol do destaque competitivo da empresa.

 

Como implementar a gestão da inovação?

Nem sempre é fácil implementar a gestão da inovação nas empresas. Mas, existem alguns cuidados importantes que, se forem adotados nesse processo, elevarão as chances de o negócio obter resultados extremamente positivos com essa estratégia.

 

Confira os principais:

 

Implemente a cultura de inovação

Como abordamos anteriormente, ter uma cultura de inovação fortemente permeada internamente é um dos pontos básicos para que a gestão da inovação seja adotada.

 

Afinal, de nada adiantará implementar estratégias assertivas e monitorá-las de perto, sem que o time se mantenha engajado neste propósito e compreenda sua importância para o crescimento da marca em seu segmento.

 

Para isso, é papel do gestor de inovação disseminar essa cultura na empresa, explicando seus benefícios para o empreendimento e de que forma cada setor e profissional pode desempenhar esforços para esta causa.

 

Quando todos sabem o porquê todas as ações estão sendo colocadas em prática, fica muito mais fácil atingir as expectativas.

 

Incentive a troca de ideias

Ter um bom volume de ideias a serem testadas e colocadas em prática é essencial para aumentar as chances de o programa de inovação dar certo e, para isso, os times devem estar inseridos em um ambiente que traga essa liberdade de compartilharem suas sugestões.

 

Muito mais que acompanhar as tendências do mercado, a própria empresa deve incentivar que haja essa colaboração e troca de visões sobre estratégias que podem ser implementadas internamente e, dentre tantos métodos destinados a esse objetivo, está o programa de ideias.

 

Com ele, a inovação pode se tornar parte da rotina do negócio e de sua cultura, alavancando seu potencial de crescimento no setor de atuação. Isso, claro, desde que seja acompanhada pela gestão da inovação.

 

Determine indicadores de inovação acompanhe os resultados

De que forma os gestores conseguirão analisar os dados coletados na gestão da inovação e verificar se estão indo ao encontro das metas corporativas? Através dos indicadores de inovação.

 

Eles nada mais são do que métricas destinadas a ajudar as empresas a avaliarem a eficácia do processo adotado no negócio, ou se será preciso realizar algum ajuste específico.

 

Ao todo, existem mais de 100 tipos de indicadores disponíveis no mercado, o que exigirá das empresas uma análise assertiva para identificar aquele que está mais aderente às suas necessidades.

 

Conte com o apoio de uma consultoria especializada na gestão da inovação

Todo cuidado é pouco. Principalmente, ao adotar um projeto tão importante para alavancar a marca em seu segmento. E, para garantir esse sucesso, contar com o apoio de uma consultoria especializada na gestão da inovação irá potencializar esse resultado.

 

A PALAS, como exemplo, além de ser pioneira na ISO de inovação, uma metodologia de gestão de inovação testada e aprovada por mais de 164 países, desenvolveu, em uma parceria inédita com o FI Group, o Criare.net, plataforma de gestão da inovação que atende todos os requisitos desta metodologia.

 

Todas as ideias que são cadastradas no Criare passam por cinco etapas definidas pelo funil proposto pela ISO, onde serão analisadas conforme a probabilidade de gerarem valor ao negócio e, ainda, seu enquadramento ao benefício fiscal da Lei do Bem, o qual permite a restituição de boa parte dos investimentos direcionados a esse projeto.

 

O sistema dispõe de um algoritmo capaz de cruzar as ideias com os recursos necessários para a sua execução, como infraestrutura, conhecimento, tempo, pessoas e, obviamente, orçamento disponível.

 

Assim, as chances de a empresa adotar estratégias que não tragam resultados positivos são significativamente reduzidas, trazendo maior segurança a todo o processo.

 

Conclusão

A gestão da inovação é uma estratégica extremamente importante para as empresas otimizarem seus processos, elevarem sua vantagem competitiva e, assim, prosperarem em seu segmento de atuação.

 

Independentemente do projeto instaurado, ela deve acompanhar todas as ações adotadas, permitindo que os gestores acompanhem seu desenvolvimento em tempo real e consigam analisar se algum ajuste precisa ser feito.

 

Aquelas que compreenderem essa importância e se dedicarem a implementá-la em todos os departamentos internos, irão potencializar as chances de obterem resultados fortemente positivos que gerem valor ao negócio.

 

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