ISO 56003: como ela fomenta a inovação aberta?

O mercado global já conhece muito bem a proposta e benefícios da inovação aberta. Porém, nem todos a fazem de maneira correta e assertiva, deixando de obter benefícios enormes que poderiam ser conquistados se investissem no apoio da ISO 56003.

 

Este modelo de gestão para a inovação vem crescendo muito nos últimos anos, o qual defende a colaboração de terceiros neste projeto a fim de ampliar as visões, ideias e propostas a serem colocadas em práticas, priorizando a geração de valor aos envolvidos.

 

Segundo seu criador, Henry Chesbrough, a inovação aberta é capaz de revolucionar as relações corporativas, aumentando a eficiência do processo através destas parcerias. Mas, na ânsia por esse objetivo, faltam processos e uma gestão eficaz que guie as estratégias corporativas de maneira estruturada.

 

Foi diante deste gap que a ISO 56003 ganhou força. Essa norma da família ISO não apenas corrobora com as vantagens da inovação aberta, como também busca orientar as empresas a como escolherem o parceiro ideal para isso.

 

Seus pilares reforçam questionamentos que vão desde o motivo pelo qual a marca deseja recorrer a um parceiro, até a como alinhar os papéis e responsabilidades de cada lado, para que haja harmonia e assertividade nas ações a serem executadas.

 

Se o seu negócio deseja investir na inovação aberta, então é crucial que embase este processo na ISO 56003. Para ajudá-los nisso, nos acompanhe neste texto e veja os tópicos que abordaremos sobre tudo o que você precisa saber sobre esta norma:

 

Boa leitura.

 

O que a ISO 56003?

A ISO 56003 é uma metodologia destinada a orientar as empresas a escolherem os parceiros com os quais desejam se unir para investir na inovação aberta.

 

Seu foco abrange desde auxiliá-las a decidir pela entrada – ou não – de um parceiro para inovar, identificar e selecionar possíveis parceiros, alinhá-los a fim de concordarem sobre os papéis e responsabilidades de cada um, atribuir os deveres e governar a interação entre as partes.

 

Mesmo se tratando de um modelo colaborativo de inovação altamente benéfico, a ideia da ISO 56003 é fomentar o questionamento desta iniciativa em um ambiente de negócios, analisando os motivos para se ter ou não um parceiro e como ponderar essa escolha em cada empresa.

 

Uma vez decidida esta união, a ISO 56003 irá explicar os principais tipos de parcerias do mercado, como escolher o ideal conforme os objetivos esperados e, acima de tudo, estratégias de alinhamento para que, juntos, conquistem os resultados estipulados.

 

O que é inovação aberta?

A inovação aberta, ou open innovation, é um modelo de gestão para a inovação que incentiva as empresas a realizarem parcerias que contribuam para esse processo e a conquista de resultados excelentes.

 

Essa participação de terceiros, sejam eles clientes, fornecedores, institutos de pesquisa, órgãos públicos ou startups, é extremamente vantajosa para o compartilhamento de ideias e visões que gerem valor aos negócios.

 

Ela contribui para uma maior descentralização deste processo internamente, prezando por um modelo de inovação mais colaborativo e interativo, capaz de elevar a eficiência das ações adotadas.

 

Quais os benefícios da ISO 56003 para a inovação aberta?

A ISO 56003 trará uma maior segurança e assertividade para as empresas que investirem na inovação aberta, de forma que tenham processos mais claros e estruturados, propriedade intelectual e parcerias de maior confiança.

 

Por mais popular que este modelo de inovação seja atualmente, ainda existem muitos desafios em levá-lo aos processos corporativos. Principalmente, em garantir a segurança dos dados empresariais e em manter a confidencialidade das informações comerciais.

 

Superar esses empecilhos é algo crucial para o sucesso da inovação aberta, e é neste sentido que a ISO 56003 entra, ajudando as empresas a estabelecerem processos mais claros que definam as responsabilidades e expectativas de todos os envolvidos.

 

Para proteger seus ativos mais preciosos, a ISO 56003 apoia as empresas a definirem as propriedades intelectuais de suas inovações abertas a fim de garantir que seus interesses se mantenham seguros.

 

Isso demandará, na prática, a adoção de mecanismos de proteção robustos e adequados, protegendo a privacidade de seus dados e de seus parceiros de inovação aberta.

 

Por fim, ao estabelecer os critérios a serem levados em consideração ao escolher o parceiro ideal, a ISO 56003 eleva a confiança e êxito nesta união, construindo relacionamentos de confiança para garantir que haja uma comunicação clara, colaboração fluida e uma cooperação bem-sucedida na inovação aberta.

 

Tipos de parceria para inovação aberta propostas pela ISO 56003

Existem, basicamente, três tipos de parceria que as empresas que desejam investir na inovação aberta podem escolher, segundo a ISO 56003: a inbound, outbound e coupled.

 

Na primeira delas, a inbound, o objetivo é aproveitar os conhecimentos adquiridos através da parceria para melhorar as tecnologias já utilizadas internamente. Isso, seja aperfeiçoando os recursos utilizados ou criando procedimentos que favoreçam a conquista de melhores resultados.

 

A parceria de inovação aberta outbound, conforme explica a ISO 56002, fomenta uma ideia oposta à primeira, destinando o conhecimento adquirido para corporações externas. Com isso, é esperado uma maior chance de a companhia gerar receita com sua propriedade intelectual.

 

Alguns exemplos que costumam ser vistos nesta estratégia incluem a concessão ou venda de patentes, assim como o aperfeiçoamento de tecnologias no mercado.

 

Por fim, o modelo coupled une as propostas das duas metodologias acima, aplicando os conhecimentos adquiridos tanto internamente quanto em meios externos. Ou seja, além de as empresas incorporarem esses insights em seu próprio funcionamento, também investirão neste desenvolvimento em outras organizações, expandindo sua margem de sucesso.

 

Por que ter um parceiro para a inovação aberta?

Existem diversos benefícios que favorecem a oficialização de parcerias para a inovação aberta, segundo a ISO 56003. Veja os principais:

 

  • Poder partilhar riscos (incluindo financeiros) e abordá-los de forma mais eficaz;
  • Obter uma visão mais clara de um ecossistema de inovação, como parte do contexto da organização;
  • Motivar as pessoas (como, por exemplo, equipes internas) construindo uma unidade como parte da cultura de liderança e inovação; a qual visa possibilitar a coexistência de criatividade e ações necessárias para identificar e entregar novas soluções que agregam valor;
  • Aprender, a partir de benchmarking e de quaisquer outros meios, a monitorar e avaliar a capacidade de inovação, assim como o desempenho da organização;
  • Reduzir o tempo de comercialização, reforçando o planejamento e os processos operacionais da organização;
  • Reduzir custos e/ou otimizar recursos e ativos da empresa;
  • Estabelecer as melhores práticas para identificar e entregar novas soluções orientadas para o valor;
  • Melhorar a imagem ou a reputação;
  • Reduzir os investimentos próprios.

 

E as desvantagens em ter um parceiro para inovar?

Toda moeda tem seus dois lados e, por mais que os parceiros sejam estratégicos para o sucesso da inovação aberta, há, também, desvantagens em oficializar essa união. São elas:

 

  • Perda de independência;
  • Preferência em desenvolver capacidades internamente;
  • Relutância em compartilhar conhecimento proprietário;
  • preferência em manter a propriedade intelectual.

 

Todos os pontos positivos e negativos destacados acima são cruciais de serem levados em consideração antes de investir na inovação aberta. E, para aquelas que desejarem seguir esse rumo, é essencial seguir as orientações expostas na ISO 56003 a fim de ter a máxima segurança e assertividade nessa trajetória.

 

Como escolher o parceiro ideal para a inovação aberta, segundo a ISO 56003?

Escolher o parceiro certo, ao optar pela inovação aberta, é crucial para obter a máxima assertividade e conquista de resultados nesta estratégia. E, para ajudá-las nisso, a ISO 56003 estabelece alguns critérios que precisam ser analisados antes de tomar esta decisão.

 

Confira os principais:

Analise o histórico de parcerias do candidato

Escolher parceiros que já tenham algum histórico neste tipo de acordo a favor da inovação aberta, conforme a ISO 56003, é uma estratégia inteligente para elevar a possibilidade de sucesso neste investimento.

 

Ao buscar opções de parceiros, analise o histórico de acordos formados por cada empresa, assim como as razões de entrada e saída e possíveis bloqueios perante potenciais parcerias com o seu negócio.

 

Esses pontos defendidos pela ISO 56003 darão uma visão mais clara sobre as ofertas e possibilidades de cada parceria, verificando qual se mostra mais benéfica para a inovação aberta.

 

Verifique o conhecimento organizacional e suas competências

Um parceiro estratégico é aquele que irá contribuir com seus conhecimentos e experiências na elaboração das ações a serem seguidas.

 

Por isso, a ISO 56003 defende que, nesta escolha, é preciso ponderar e verificar o conhecimento e competências destes candidatos, seus ativos intelectuais, capacidade em P&D, e sistemas de proteção a este conhecimento.

Essa bagagem, alinhada à expertise e competências da sua empresa, somará forças cada vez mais fortes para que, juntos, consigam investir na inovação aberta com êxito.

 

Estude o histórico de inovação

Seu futuro parceiro já teve alguma iniciativa inovadora? Essa resposta, também defendida como importante pela ISO 56003, influenciará significativamente sobre esta escolha.

 

Pergunte se houve algum investimento inovador em produtos, serviços, processos, métodos ou modelo de negócios, seja de forma incremental ou disruptiva, assim como possíveis patentes, publicações ou citações a este respeito.

 

Essas iniciativas, junto com um possível aumento da participação desta empresa no mercado como um todo, elevará as conquistas de inovação em conjunto.

 

Veja se há compatibilidade operacional, considerando a ISO 56003

Para que haja uma parceria frutífera, ambas as partes precisam estar em sintonia quanto a seus princípios, missão e valores. Algo que a ISO 56003 também pede para ser avaliado.

 

É preciso que haja compatibilidade entre as partes em termos de cultura de inovação, ambiente de trabalho, tolerância ao risco, recursos humanos, capacidade e eficiência de processos, e tempo de comercialização.

 

Todos esses pontos, segundo a ISO 56003, acabam influenciando na rotina desta parceria, o que ressalta a importância de estarem de acordo e em sintonia para que os objetivos propostos com a inovação aberta sejam conquistados.

 

Peça pelo perfil financeiro

A saúde financeira do parceiro não pode ficar de fora dos itens que devem ser analisados antes de fechar este acordo. Afinal, se houver qualquer inconsistência, falhas de gestão ou dívidas, os riscos de sua empresa também ter prejuízos deste tipo serão altos.

 

Peça os relatórios anuais dessas empresas e demais recursos investidos, a fim de ter uma visão mais nítida acerca desta gestão financeira e, com isso, uma maior segurança ao formalizar ou não essa união.

 

Confira a gestão de propriedade intelectual do parceiro

Por envolver um certo compartilhamento das propriedades intelectuais de cada parte, a escolha do parceiro da inovação aberta deve, também, considerar como a empresa faz a gestão destes seus ativos.

 

Pesquise sobre isso em seu banco de dados, propriedades existentes, e histórico de licenciamentos e litígios, assim como as estratégias adotadas por eles internamente e de maneira externa.

 

Um parceiro que faça uma boa gestão destas propriedades tenderá a manter este cuidado ao se unir nesta parceria da inovação aberta, algo que, para a ISO 56003, é fundamental visando a conquista dos resultados desejados.

 

Se assegure dos riscos geopolíticos, societários, éticos e demais

Todo negócio está sujeito a riscos externos fora de seu alcance, capazes de impactar suas operações. Por isso, a ISO 56003 destaca que o parceiro escolhido para a inovação aberta tenha um bom histórico de gestão destes riscos.

 

Sejam eles geopolíticos, societários, éticos ou demais, a ISO 56003 defende que este parceiro precisa ter um devido preparo para administrar tais adversidades, assegurando um controle de qualidade adequado, protegendo riscos à reputação e processos.

 

Na prática, isso é visto através de sua política de planejamento, aspectos culturais e linguísticos requisitos legais de conformidade e/ou restrições, e sua análise de estrutura de custos, como exemplo.

 

Como implementar a ISO 56003 na sua empresa?

Implementar e seguir os princípios da ISO 56003 em uma empresa requer muito cuidado e planejando, tendo a máxima certeza na escolha do parceiro para a inovação aberta a fim de atingir as metas estipuladas.

 

E, para garantir a assertividade neste processo, contar com a orientação de uma consultoria especializada no ramo fará toda a diferença, como é o caso da PALAS.

 

Aqui, criamos uma metodologia própria destinada a facilitar a condução das estratégias de inovação internamente. Nosso time levanta todas as iniciativas inovadoras já existentes, identifica possíveis gargalos e traça diretrizes que possam alavancar a conquista dos resultados esperados, com base nos pilares da ISO de Inovação.

 

Descubra como podemos ajudar sua empresa a seguir os ideais da ISO 56003 e destravar seu potencial inovador em nosso site!

 

Conclusão

A colaboração entre parceiros proposta pela inovação aberta é uma excelente estratégia de fomento à troca de ideias, conhecimentos e experiências, a fim de potencializar a conquista dos resultados desejados.

 

Com o apoio da ISO 56003, as empresas conseguirão não apenas ter uma definição mais clara acerca de seus objetivos, como também maior segurança ao determinar qual parceiro poderá contribuir da melhor forma para essa jornada.

 

Seus pilares visam compreender o maior campo possível de análise dos pontos determinantes para uma parceria sólida e harmoniosa, o que a torna um mecanismo estratégico para inovar com êxito.

 

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